Jejum intermitente: o que dizem os estudos mais recentes sobre essa prática em 2025?
Jejum intermitente emagrece? É seguro? Os benefícios são comprovados?
Estas são perguntas que muitas pessoas fazem antes de iniciar essa estratégia alimentar. Em 2025, a ciência avança para responder essas dúvidas com mais precisão. E, como profissionais da saúde integrativa, na Clínica Débora Ayala acreditamos que entender os efeitos sistêmicos do jejum também contribui para a saúde bucal e o equilíbrio do corpo como um todo.
Neste artigo, vamos explicar o que dizem os estudos mais atuais sobre o jejum intermitente, seus possíveis efeitos positivos e também os cuidados que você precisa considerar antes de adotar essa prática.
O que é o jejum intermitente e por que ele se tornou tão popular?
O jejum intermitente consiste em alternar períodos de alimentação com períodos de abstinência calórica. Existem diversos protocolos, como o 16:8 (16 horas de jejum e 8 horas de alimentação), o 4:3 (três dias de jejum não consecutivos por semana) e o alternate-day fasting, em que o jejum acontece em dias alternados.
Essa abordagem ganhou popularidade por prometer emagrecimento, melhora do metabolismo, redução de inflamações e até longevidade. Mas será que os estudos confirmam esses efeitos?

O jejum intermitente realmente ajuda a emagrecer?
Sim, estudos clínicos recentes apontam que o jejum intermitente pode ser tão eficaz quanto as dietas tradicionais de restrição calórica diária. Uma meta-análise publicada em 2025, com quase 100 ensaios clínicos revisados, demonstrou perda média de peso entre 1,3 kg a 4 kg dependendo do protocolo adotado.
Além disso, participantes que seguiram o método 4:3 perderam até 2,7 kg a mais do que os que seguiram apenas dietas com contagem calórica contínua. Ou seja, é possível emagrecer com jejum — mas com acompanhamento e estratégia.
Além do peso: o jejum pode melhorar a saúde metabólica?
Sim, e esse é um ponto fundamental. Estudos mostram que o jejum intermitente melhora a sensibilidade à insulina, regula os níveis de colesterol e triglicerídeos e reduz marcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa (PCR‑C).
Outra linha de pesquisa que vem ganhando força é o impacto do jejum na autofagia celular — um processo de renovação natural do organismo que contribui para a prevenção de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares. Embora promissor, esse campo ainda exige estudos mais robustos para comprovar seus efeitos a longo prazo em humanos.
O jejum é seguro para qualquer pessoa?
Nem sempre. Apesar dos resultados positivos, o jejum intermitente não é indicado para todos. Pessoas com diabetes, doenças crônicas, distúrbios alimentares, gestantes, lactantes e idosos devem ter avaliação médica individualizada antes de iniciar a prática.
Em alguns casos, protocolos restritivos como o jejum de 8 horas por dia podem provocar queda de pressão, hipoglicemia, desidratação ou mesmo episódios de compulsão alimentar. Isso mostra que nenhuma estratégia alimentar deve ser adotada sem orientação profissional.
E qual a relação entre jejum intermitente e saúde bucal?
Essa é uma conexão menos comentada, mas essencial. Durante o jejum prolongado, é comum ocorrer redução do fluxo salivar, o que pode levar a boca seca, mau hálito, sensibilidade gengival e alteração no pH da cavidade oral.
A saliva é uma das principais defesas naturais da boca. Ela ajuda na proteção contra bactérias, no equilíbrio ácido e na regeneração dos tecidos bucais. Quando há desequilíbrio por jejum prolongado ou má hidratação, surgem condições que aumentam o risco de cáries, gengivites e infecções.
Por isso, em nossa clínica, sempre reforçamos: qualquer mudança alimentar impacta também sua saúde bucal. O acompanhamento odontológico é essencial em todo processo de mudança de hábitos, inclusive no jejum intermitente.
O jejum intermitente substitui dieta ou tratamento?
Não. O jejum pode ser uma ferramenta complementar, mas não substitui dieta balanceada, reeducação alimentar ou o acompanhamento de profissionais de saúde. O que funciona para uma pessoa pode não ser adequado para outra.
Além disso, adotar o jejum apenas por modismo ou sem entender os sinais do corpo pode gerar frustrações, compensações alimentares e até problemas bucais silenciosos, como o acúmulo de placa bacteriana por alterações salivárias.

Quando procurar um especialista?
Se você está considerando adotar o jejum intermitente, ou já iniciou a prática e percebe alterações no hálito, boca seca, aumento da sensibilidade ou mudança no paladar, é hora de buscar avaliação profissional.
Na Clínica Débora Ayala, oferecemos um olhar completo para sua saúde. Avaliamos não apenas sua boca, mas seu histórico de saúde, rotina alimentar e possíveis efeitos de novas práticas no seu bem-estar geral.
Sua saúde começa pela boca
O jejum intermitente pode ser uma prática eficaz e segura — desde que feita com responsabilidade, conhecimento e acompanhamento. Assim como cada organismo reage de forma única, cada sorriso também merece atenção especial.
A Clínica Débora Ayala está pronta para te orientar nesse processo com embasamento científico, empatia e cuidado integrativo.
Agende sua consulta e descubra como cuidar da sua saúde bucal, mesmo em jejum.
Fontes
– Harvard School of Public Health – Intermittent fasting may be effective for weight loss and cardiometabolic health (hsph.harvard.edu)
– Veja Saúde – Afinal, jejum intermitente pode mesmo ajudar no emagrecimento? (veja.abril.com.br)
– Verywell Health – 4:3 intermittent fasting outperforms daily calorie restriction in weight loss (verywellhealth.com)
– NY Post – 3 months of this ‘relatively simple’ diet can cause significant weight loss (nypost.com)
– Health.com – This Intermittent Fasting Method Outperformed the Rest (health.com)
– Thesis Editora – Revisão sobre jejum intermitente (ojs.thesiseditora.com.br)
– Times of India – Science-backed health benefits of fasting (timesofindia.indiatimes.com)
– Correio Braziliense – Pesquisas concluem que dietas restritivas e jejum têm efeitos semelhantes (correiobraziliense.com.br)
– Wikipedia – Intermittent fasting (en.wikipedia.org)
– Nobel Prize – Yoshinori Ohsumi and the discovery of autophagy (nobelprize.org)
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